EDITA Nómada em Loulé
é hoje, 3 de agosto que, na biblioteca municipal sophia de mello breyner – loulé, se celebrará mais uma edição de EDITA Nómada – réplica do encontro internacional de editores –> EDITA <– o qual tem tido sede, desde 1994, em punta umbría (huelva-andaluzia).
do programa consta: – 15:00h abertura e apresentação do encontro, a cargo do seu fundador e director, Uberto Stabile e, do director dos arquivos e bibliotecas de loulé, luis guerreiro martins.
segue-se a apresentação do arquivo histórico de EDITA e a projecção de “Una mirada a EDITA”, da produtora jaula de grillos.
sobre EDITA, um percurso criativo de 20 anos, muito há a dizer… mas limitamo-nos – hoje – em afirmar que este percurso lisboa-huelva foi 19 vezes por nós percorrido com o prazer e o gozo de construtores de sonhos que somos.
a criatividade, a espontaneidade e a utopia foram, em doses quanto baste, nossas cúmplices e parceiras. e EDITA, um espaço de peregrinação anual.
daí que nos tenhamos disposto a criar um EDITA em lisboa onde não foi alheia a cumplicidade da sociedade guilherme cossoul. daí que nos lamentemos por não poder estar em loulé e saudar o uberto – o homem que deu corpo a esta aventura que teve, pela primeira vez, lugar na cidade de huelva.
em EDITA conhecemos alguns dos marcos da cena alternativa e vanguarda espânica – fomos seus cúmplices neste percurso —> lembramos (de memória) antónio gomez, ibirico, pablo del barco, os companheiros de “la mas bella”, yolanda, manuel maciá, javier seco, rodolfo e tantos outros que marcaram as nossas viagens à andaluzia.
EDITA é mais, muito mais que um mero encontro de editores – aqui, em EDITA, editor é mais, muito mais, que um mero fazedor de livros… editor aqui, é palavra larga/alargada é sinónimo de agente criativo de “fazedor” de coisas, de actuante… e, foi isso que nos “infectou”, nos “viciou”, nos fez peregrinos em demanda da utopia.
bem haja o uberto, bem hajam os utopistas do país de aqui ao lado. salvé!
Já agora, bem hajam todos os companheiros que de Portugal espalharam a noticia de que em Espanha havia uma movida cultural independente e que unidos no edita fizeram frente ao canibalismo individualista do neo liberalismo económico e cultural dominante: José Bivar(que foi o primeiro Português a participar e durante 6 anos representou o algarve ,tendo levado do bom e do melhor, em matéria de contemporaneidade )Galeria Margem de Faro, Fernando Aguiar ,Adão Contreiras, Fernando Esteves Pinto, Tiago Gomes ,revista Bíblia para citar os mais notáveis. De notar que do algarve partiu a dinâmica mais forte que assegurou a relação com Espanha e criou eventos similares(Palavra Ibérica, Arma Palavra) que só por estarem sujeitos a falta de solidariedade de massa critica nacional não adquiriram ainda a notoriedade de Edita Cheira-me que este encontro em Loulé está a colocar o Produto nas mãos dos Comissários do Sistema nomeadamente gente ligada ao famigerado AllGarve e produtos tóxicos semelhantes agora no desemprego.A merda do costume neste País de farsolas.